JOVENS PALAVRAS

JOVENS PALAVRAS

( Anne Lieri)

Palavras de ontem, palavras de hoje. Mudam os tempos e as palavras!

Démodé ficou fora de moda: aquele vestido ficou démodé.

Cafona é o que não se usa mais: tipo óculos raiban, calça boca de sino... sei lá,acho que até voltou a moda!

Boko moko é outra palavra que significava cafona. Quem não se lembra do Teobaldo?

Quando gostávamos de alguma coisa ou alguém, dizíamos: jóia, legal, mor barato, é uma brasa, bacana, papo firme...

Se estávamos tristes a expressão era: to na fossa.

E quando não ligávamos para nada: to nem aí!

E se a paixão chegava, dizíamos: to a fim.

Quando lembrávamos de algo ou tínhamos uma idéia era putz!

Aquele cara, aquela mina... eram os garotos e garotas.

A balada era bailinho. Geralmente na garagem da casa de algum amigo e com luz negra.

Nos anos noventa apareceram as expressões: ficar, que antes era amasso e azarar, que era paquerar.

Fazer amor virou transar. E namorar nem existe mais!

Ao invés de um simples oi, apareceram outros cumprimentos: E aí? Beleza? ou E aí, brother?

O maluco beleza deu lugar ao doidão, sempre fissurado por alguma coisa.

Até chegar à linguagem virtual toda própria desta geração: naum, vc, q. kd... e outras mais!

Algumas dessas gírias falamos até hoje. Outras estão ultrapassadas.

Pergunto-me até onde o ser humano pode chegar, inventando tantas expressões.

Não podemos deixar morrer a língua portuguesa, mas também precisamos nos adaptar a essa nova linguagem popular para compreendermos melhor os jovens, os dias de hoje, nossos filhos e netos.

O importante é procurar escrever corretamente, pois o brasileiro ainda está muito mal alfabetizado,vindo de governos que não dão importância a educação.

Políticas educacionais que valorizem a qualidade de ensino em detrimento da quantidade.

Poderia ir longe nesse assunto, mas minha finalidade é apenas mostrar que os tempos mudam, a linguagem muda e com ela, nosso comportamento, mas não podemos abrir mão de nossos valores,nosso voto e nossas ideologias para melhorar um pouco mais esse país.

Falei e disse!

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